Brassolis sophorae e Brassolis astyra: pragas de palmeiras e coqueiros por Édson Possidônio Teixeira
Brassolis sophorae e B. astyra, são borboletas, têm hábito crepuscular e durante o dia escondem-se nas próprias plantas hospedeiras ou em outras plantas. As lagartas dessas borboletas, em certas ocasiões, tornam-se verdadeiras pragas das palmeiras e dos coqueiros, plantas de grande valor econômico do ponto de vista ornamental e industrial. Vivem em toda extensão da América do Sul, possivelmente porque a região é mais rica em palmeiras. De acordo com a literatura, Brassolis astyra é mais difundida que a B. sophorae.
Os ovos são colocados em grupo, em número que pode ultrapassar a 200, na face inferior dos folíolos, e às vezes, sobre os frutos e no estipe; o período de incubação dos ovos varia de 20-25 dias. As lagartas apresentam comportamento gregário e têm hábito noturno, abrigando-se em casulo (um ou mais) que tecem unindo os folíolos com fios de seda; ciclo larval em torno de 150 dias. Terminada a fase de lagarta (em torno de 150 dias) abandonam a planta hospedeira, ocasião em que é comum encontrá-las em grande número pelas calçadas e gramados em busca de um local como paredes, muros e mesmo árvores onde se fixam e crisalidam. A fase de crisálida pode variar de 15 a 20 dias, findo os quais eclodem os adultos. No estado de São Paulo a presença dessas lagartas é notada de setembro-outubro até março; muitas vezes se inicia mais cedo e termina mais tarde. Neste mês de junho, é possível constatar a presença do ataque desses insetos causando danos em algumas praças de Campinas. Além dos danos (desfolha) a presença das lagartas pode ser percebida pela presença de fezes junto às plantas e pelo barulho destas quando caem sobre a vegetação.
Medidas de controle:
Acredita-se que o aumento do número de ataques nos grandes centros urbanos seja devido às condições desfavoráveis aos inimigos naturais como, por exemplo, poluição. Além do gênero Brassolis, cita-se o gênero Opsiphanes como praga primária em plantios de dendê em alguns países da América tropical e, no Brasil, como praga secundária do coqueiro e do dendê.
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Opsiphanes invirae remoliatus Fruhstorfer, 1907 (vista dorsal) |
Opsiphanes invirae remoliatus Fruhstorfer, 1907 (vista ventral) |
Vista dorsal | Vista ventral |
Brassolis astyra Godart, 1821 | |
Fonte: www.lepidoptera.datahosting.com.br |
Édson Possidônio Teixeira
é Pesquisador Científico do Instituto Agronômico - IAC
Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT): Teixeira, E. P. . Brassolis sophorae e Brassolis astyra: pragas de palmeiras e coqueiros. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/artigos/pragas/lagartapalmeiras/index.htm>. Acesso em:
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