Agricultura Orgânica é o termo que se emprega
para designar o sistema de produção agrícola ecológico e
sustentável, baseado na preservação e respeito à terra, ao
ambiente e ao homem; em condições trabalhistas, econômicas e
sociais justas.
A agricultura orgânica, surgiu de trabalhos do
pesquisador Sir Albert Howard, entre as décadas de 20 a 40 na
Índia. Sua base mestra é a manutenção da fertilidade do solo e
da sanidade geral das plantas e animais pela adubação orgânica,
diversificação e rotação de culturas.
Características
Utiliza a reciclagem de resíduos sólidos, uso de
adubos verdes e restos de culturas, uso de rochas minerais, uso
de manejo e controle biológico de insetos, mantendo a sanidade e
fertilidade do solo para suprir as plantas de nutrientes e
controlar os insetos-pragas, moléstias e ervas invasoras.
Exclui o emprego de compostos sintéticos como
fertilizantes, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos
alimentares para os animais.
É uma tecnologia de processo, em contraposição da
tecnologia de produtos (convencional), gerando independência,
poder de decisão, conhecimento e controle dos meios de produção,
produzindo e reciclando dos seus insumo, assim como apregoa
condições econômico-sociais justas para os trabalhadores rurais.
Como Surgiu
O movimento por uma agricultura saudável surgiu
no início do século passado, principalmente após a 2ª Grande
Guerra, em reação ao emprego dos adubos químicos, melhoramento
genético, excessiva mecanização e os pesticidas. Como o termo
indica, a agricultura ecológica se baseia no equilíbrio integral
do funcionamento dos ecossistemas (ar, água, solo e seu habitat
ou componentes: flora e fauna). As práticas deste sistema são
biológicas e ambientalmente sãs, sem emprego de qualquer produto
ou metodologia que possa afetar este equilíbrio.
A agroecologia diverge do sistema convencional,
porque tem uma visão "holística" da propriedade rural, isto é,
considera a relação solo-planta-ambiente-homem, no seu todo. Com
esta visão, em diversas partes do mundo, desenvolveram-se
processos ecológicos, com os mesmos objetivos no seu fundamento,
mostrando uma unidade de ação mundial nos seus princípios. São
sistemas sustentáveis, transparentes, simples, podendo ser
adaptadas e aperfeiçoadas de acordo com as condições locais,
sendo às vezes baseadas em experiências e fundamentos
tradicionais.
Principais Ramos da
Agroecologia
(além da orgânica)
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL:
É definida como agricultura ecológicamente
viável, econômicamente rentável e social e humanamente justa,
cujos recursos para sua implantação e desenvolvimento são
obtidos no próprio local e ambiente.
AGRICULTURA
NATURAL:
Suas práticas estão baseadas em conceitos ecológicos e trata de
manter os sistemas de produção iguais aos encontrados na
natureza. Resultou do trabalho do Biólogo Masanobu Fujuosa na
década de 50.
AGRICULTURA BIOLÓGICA:
Surgiu na França, na década de 60, á partir
dos trabalhos de Francis Dhaboussou e outros. Destaca-se pelo
controle biológico, do Manejo Integrado de pragas e doenças e
pela Teoria da Trofobiose (efeito dos agroquímicos na
resistência das plantas).
PERMACULTURA:
pode ser definida como uma agricultura integrada
com o ambiente, que envolve plantas semi-permanentes e
permanentes, incluindo a atividade produtiva dos animais. Ela se
diferencia das demais atividades produtivas porque no
planejamento leva-se em conta os aspectos paisagísticos e
energéticos.
AGRICULTURA
BIODINÂMICA:
Esta agricultura se desenvolve em relação aos
princípios filosóficos do humanista científico Rudolph Steiner
(década de 30). Ele julga possível praticar uma agricultura que
tem como princípio integrar os recursos naturais da agricultura
em conexão com as forças cósmicas e suas diversas formas de
valores espirituais e éticos, para chegar a ter uma aproximação
mais compreensível das relações: agricultura e estilos de vida.
Agricultura Atual =
Agricultura convencional
A
agricultura convencional é descrita como o conjunto de técnicas
produtivas que surgiram em meados do século 19, conhecida como a
2ª revolução agrícola, que teve como suporte o lançamento dos
fertilizantes químicos por Liebig.
Este
sistema expandiu-se após as grandes guerras, com o emprego de
sementes manipuladas geneticamente para o aumento da
produtividade, associado ao emprego de agroquímicos (agrotóxicos
e fertilizantes) e da maquinaria agrícola.
O
agricultor é dependente por tecnologias/recursos/capital do
setor industrial, que devido seu fluxo unidirecional leva à
degradação do ambiente e á descapitalização, criando uma
situação insustentável à longo prazo.
Silvio Roberto Penteado, Engenheiro Agronônomo,
Diretor Técnico do CESAGRO - CENTRO DE ESTUDOS AGROECOLÓGICOS e
responsável pelo site:
www.agrorganica.com.br
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o Prof. Silvio Penteado.
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