Consórcio
milho-braquiária cada vez mais perto do agricultor Gessi Ceccon
O
consórcio é uma tecnologia bastante antiga, onde se cultivam
duas espécies juntas, tendo como objetivo a produção de grãos
pelas duas culturas ou para produção de grãos por uma e de pasto
pela outra. O consórcio atual visa à produção de grãos por uma
espécie, no caso o milho, e a braquiária para produção de palha.
Esse tipo de cultivo exige amplo conhecimento e tecnologia para
obter os benefícios das duas culturas.
Com a publicação da portaria 24/2012 do Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgando os
locais e os períodos de menor risco para semeadura do consórcio
milho-braquiária
Em
condições de safrinha, a forrageira pode ser semeada
simultaneamente com o milho a fim de se beneficiar das poucas
chuvas do período para seu estabelecimento, mas isso requer
ajuste na população da forrageira para diminuir a competição com
o milho. O método da linha intercalar é o método que possibilita
a implantação da braquiária em profundidade adequada, com menor
consumo de sementes, menor competição com o milho e quantidade
suficiente de palha para uma boa cobertura do solo.
Salienta-se que existe grande relação entre os objetivos do
cultivo consorciado com as espécies forrageiras a serem
utilizadas, com as modalidades de implantação e com o manejo a
ser aplicado na braquiária durante o cultivo. Com isso, o
técnico e o agricultor têm a liberdade na escolha da espécie e
do método de consórcio, mas assumem a responsabilidade sobre o
sucesso da tecnologia.
Quando o consórcio é realizado para produção de grãos de milho e
palha de braquiária, indica-se a
Brachiaria ruziziensis,
semeada em linhas intercaladas às linhas do milho, por ser o
sistema mais econômico e eficiente de consórcio. As sementes da
braquiária também podem ser distribuídas à lanço, porém com
menor precisão no seu estabelecimento.
Se
o agricultor tem como objetivo a produção de palha para proteção
do solo e também de pasto para alimentação de animais, entre a
colheita do milho e a semeadura da soja no próximo verão, a
B. ruziziensis pode
ser indicada, mas implantada com maiores quantidades de sementes
e melhor distribuição na área, a fim de proporcionar maior
oferta de pasto após a colheita do milho. No entanto, se o
objetivo for a formação de pastagem permanente, indica-se uma
cultivar de Brachiaria
brizantha ou B.
decumbens. Neste caso, sugere-se a utilização de subdoses de
herbicida específico para diminuir o crescimento inicial da
forrageira e proporcionar boa produtividade do milho, e
posterior formação da pastagem. Detalhes sobre a implantação do consórcio milho-braquiária podem sem obtidos no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=BNOQ3FzLS30
Gessi Ceccon é Engenheiro Agrônomo, Dr. em Agricultura e Conservação do Solo, Analista na Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados,MS. E-mail:gessi@cpao.embrapa.br Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT): CECCON. G. Consórcio milho-braquiária cada vez mais perto do agricultor. 2012. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2012_3/milho/index.htm>. Acesso em:Publicado no Infobibos em 15/08/2012 |