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Horticultura Sustentável - Parte III

Paulo Espíndola Trani
Sebastião Wilson Tivelli
Francisco Antonio Passos

Recomendações de práticas e técnicas para implantação da Horticultura Sustentável (Continuação)

 

9. Uso racional de fertilizantes orgânicos, compostos orgânicos e fertilizantes organo-minerais

 

Os fertilizantes orgânicos, compostos orgânicos e os fertilizantes organo-minerais constituem-se em fator de aumento da produtividade das hortaliças e outras culturas, com ação útil a curto e médio prazos, para a melhoria das características físico-químicas do solo.

 Benefícios dos fertilizantes orgânicos

       a) Melhoram as condições físicas do solo (aeração e permeabilidade), diminuindo as variações bruscas de temperatura e minimizando ainda a compactação do mesmo.

       b) Ajudam no equilíbrio das populações de microorganismos do solo, úteis às plantas.

       c) Fornecem parcialmente os nutrientes necessários às plantas.

        Um dos melhores fertilizantes orgânicos encontrados no comércio é o húmus de minhoca. Tal produto resulta da decomposição de material inicialmente cru ou mal curtido, o qual após a ação das minhocas resultará em um produto estável que proporcionará benefícios ao solo e à produtividade das culturas.

Boa alternativa para produtores rurais: produção e aplicação de fertilizantes orgânicos: destaca-se o húmus de minhoca para hortaliças e frutíferas
Foto: Reginaldo Bassetto, 2004.

 

                         Limitações dos fertilizantes orgânicos

a) Há necessidade da aplicação com certa antecedência ao plantio (30 a 40 dias) para ocorrer integral decomposição (fermentação) do adubo orgânico em mistura ao solo.

b) Os estercos animais crus ou mal curtidos e restos de cultura mal decompostos  devem ser evitados pois podem introduzir patógenos indesejáveis (Verticilium, Rhizoctonia, Fusarium) no local.

c) O esterco de galinha poedeira puro e de alguns outros animais criados no sistema confinado, devem ser misturados a outros materiais, pois pode haver risco de  excesso de sal (NaCl), resíduos de antibióticos e de outros componentes da ração animal.

Experimentos do IAC na utilização de fertilizantes e compostos orgânicos para produção sustentável de hortaliças

           O IAC desde a década de 1940 realiza pesquisas na utilização de fertilizantes e de compostos orgânicos e sua ação na produção de hortaliças.  Os trabalhos realizados abrangeram o estudo de doses, época de aplicação, o preparo e ação de novos fertilizantes orgânicos como o bokashi, a farinha de casco e chifres bovino e os ensilados de pescado marinho. As fotos a seguir mostram um experimento na Fazenda Santa Elisa do IAC em Campinas sob cultivo protegido onde verificou-se  efeito benéfico do bokashi (tão eficiente quanto o esterco de frango neste experimento) em duas cultivares de alface (lisa e crespa).

Estufa agrícola com experimento de adubação orgânica em alface.
Foto
: Paulo E. Trani.

 
Alface crespa em canteiro testemunha (sem adubo). Observar a cobertura morta com grama batatais triturada.
Foto: Paulo E. Trani, Campinas, 2000.

 

 
Alface em canteiro que recebeu bokashi (1 kg por m2).
Foto: Paulo E. Trani, 2000.

 O bom efeito do bokashi e também do esterco de frango pode ser explicado observando-se atentamente as análises químicas desses materiais orgânicos apresentadas na Tabela 2 a seguir. Deve ser ressaltado que o sucesso na ação dos fertilizantes e compostos orgânicos está relacionado a uma correta antecedência de sua aplicação (30 a 40 dias antes do plantio das culturas), boa incorporação no solo (desde a superfície até 20 a 30 cm de profundidade) e de uma boa uniformidade (granulometria) desses produtos.

Tabela 2. Análise química dos adubos orgânicos usados para produção de alface cultivada em estufa agrícola, no IAC – Campinas, 2000. 

 

Bokashi(1)

Esterco de curral

Esterco de frango

Umidade (%)

7,29

52,33

26,13

pH

8,1

7,03

8,05

M.O. (%)

30,33

31,20

51,00

N (%)

1,06

1,21

2,20

P2O5 (%)

1,17

1,87

4,25

K2O (%)

3,58

1,47

3,50

Ca (%)

2,16

2,12

8,41

Mg (%)

1,23

0,62

1,18

S (%)

1,17

2,15

----

Na (ppm)

2200

----(2)

----

Fe (ppm)

12325

12300

3100

Mn (ppm)

200

500

800

Cu (ppm)

37,5

300

300

Zn (ppm)

90

400

700

C/N

17/1

14/1

13/1

(1)Composição do bokashi: 500 kg de esterco de frango + 500 kg de terra de barranco + 80 kg de farelo de arroz + 1,5 kg de “Bym-Food” e 1,0 kg de Nitrex (micronutrientes silicatados); (2) parâmetro não determinado. 

Os compostos orgânicos podem ser preparados de maneira caseira em pequenas áreas, mas cresce a produção em maior escala conforme mostram as fotos a seguir.

                 Sistema semi-industrial de preparo de composto orgânico

 
Compostagem em escala semi industrial.
Foto: Jairo Hanasiro, Bioland-Piracicaba (2001).
 
 
Irrigação por gravidade durante o processo de fabricação do composto orgânico em escala semi industrial.
Foto: Jairo Hanasiro, Bioland - Piracicaba-SP (2001).
 

                 Diferentes materiais, que isoladamente  teriam  utilidade limitada, podem e devem ser  aproveitados para preparo dos compostos orgânicos. É importante ressaltar que as  misturas  devem ser uniformes e as etapas da compostagem devidamente monitoradas quanto à temperatura e umidade do material  em preparo.

Materiais utilizados para preparos de compostos orgânicos

     
     
     
     
Uso de resíduos agroindustriais para processo de compostagem, atendendo a filosofia da agricultura sustentável.
Fotos: Jairo Hanasiro, Bioland-Piracicaba-SP.

Fertilizantes organo-minerais 

          Os fertilizantes organo-minerais são o resultado da mistura dos fertilizantes orgânicos com os fertilizantes minerais. Constituem-se em opção viável tanto tecnicamente como economicamente para produtores de hortaliças, plantas aromáticas, medicinais e frutíferas. As fórmulas dos fertilizantes organo-mineriais, conforme Legislação atual devem conter os nutrientes na forma N+P2O5+K2O em concentrações acima de 12%. Isso proporciona economia no frete em relação aos fertilizantes orgânicos.  A seguir são apresentados exemplos de fórmulas de fertilizantes organo-minerais.

 

EXEMPLOS DE FÓRMULAS COM FERTILIZANTES ORGANO-MINERAIS

 3-12-6       4-5-5  
Uréia ..................................................... 50 kg   Torta de mamona ...................    120 kg
Torta de filtro de cana de açucar* ........  350 kg   Cama de frango**    .............      260 kg
Termofosfato magnesiano (17%P2O5)...  100 kg   Superfosfato simples..............    120 kg
Superfosfato simples ............................  100 kg   Sulfato de potássio.................     100 kg
Fosfato natural (com 27% P2O5)..........  300 kg   Silagem de pescado***..........    400 kg
Cloreto de potássio...............................  100 kg      1000 kg
  1000 kg      

 *Torta de filtro (compostada) de cana de açucar com 1,5% N; 1,8% P2O5 e 0,3% K2O
**Cama de frango com 2,5% N; 1,5% P2
O5  e 0,5% K2O
*** Silagem de pescado com 7% N; 6% P2O5; 1% K2O

 

10-5-10   
Farinha de casco e chifres bovino*........             550 kg
Silagem de pescado**............................              150 kg
MAP.........................................................         100 kg
Sulfato de potássio..................................             200 kg
           1000 kg
 

* Farinha de casco e chifres com 14%N; 1%P2O5; 4% K2O
** Cama de frango com 2,5% N; 1,5% P2O5  e 0,5% K2O
*** Silagem de pescado com 7%N; 6%P2O5; 1% K2O

 
 

10. Adubação verde

        O adubo verde é a planta cultivada ou não, de preferência uma leguminosa, em virtude da capacidade de fixação do nitrogênio, com a finalidade de elevar a fertilidade do solo e a produtividade das culturas, por meio de sua massa vegetal, produzida no local ou trazida de fora.

        Consiste no cultivo e no corte de plantas imaturas, no pleno florescimento, com ou sem a incorporação de fitomassa. Podem ser utilizadas, também plantas das famílias das gramíneas (poáceas), crucíferas (brassicáceas) e compostas (asteráceas) cultivadas até a colheita de suas sementes, objetivando uma renda extra. As figuras a seguir mostram duas espécies de adubo verdes. O primeiro adubo verde é a Crotalária espectábilis  indicada para o cultivo de primavera- verão e o segundo adubo verde é o nabo forrageiro indicado para cultivo de outono – inverno, considerando as condições de clima do Estado de São Paulo. 

 

Crotalária espectábilis (leguminosa): adubo verde adequado para regiões de clima quente.
Foto: Elaine B. Wutke, Campinas-SP (2009).

 

 

Nabo forrageiro (brássica): adubo verde adequado para regiões de clima ameno.
Foto: Sylmar Denucci, Manduri-SP (2009).

Vantagens da adubação verde

   a) Otimização da produtividade e do lucro.

   b) Preservação e conservação dos recursos naturais e da biodiversidade.

   c) Proteção, recuperação e manutenção dos solos cultivados.

  d) Ciclagem dos nutrientes, adição de nitrogênio pelas leguminosas e manutenção da matéria orgânica do solo.

   e) Aproveitamento mais adequado e racional dos insumos.

   f) Utilização de algumas espécies na alimentação humana e animal.

   g) Efeitos de quebra-ventos ou de arborização em culturas perenes em formação.

   h) Emissão reduzida de gases para a atmosfera, contribuição à redução do efeito estufa e do desmatamento pelo uso racional de áreas cultivadas, por exemplo, em integração lavoura-pecuária.

   i) Utilização como possíveis fontes energéticas renováveis, como de biodiesel, possibilitando a redução de pressão por novas áreas de produção.

   j) Utilização no controle de nematóides do solo e de plantas daninhas.

 

Limitações da adubação verde

a) Desconhecimento do cultivo das espécies para adubação verde.

b) Imediatismo do agricultor.

c) Pouca divulgação da prática.

d) Dificuldades de manejo.

e) Custo inicial elevado.

f) Ciclo longo de algumas espécies.

g) Dificuldade para obtenção de sementes de boa qualidade, a preço acessível.

 

 

11. Solarização do solo: 

A solarização do solo consiste no seu aquecimento pela luz solar, por meio da utilização de filme transparente com espessura de 50 a 150 micra, preferencialmente de 100 a 150 micra. O filme deve ser estendido sobre a superfície do solo previamente preparado (sem bolsões de ar e objetos pontiagudos) e umedecido, sendo as bordas enterradas. O local deve permanecer sem cultivo de 30 a 60 dias, durante a estação mais quente do ano (novembro a março).

A eficiência da solarização pode ser aumentada e o tempo para sua realização diminuído pela adição de matéria orgânica ao solo, via estercos, compostos e resíduos vegetais, especialmente de brócoli, couve, eucalipto, mamona e mandioca brava. O crescimento de mato sob o plástico indica que as temperaturas do solo não foram suficientes para o controle.

A solarização também pode ser utilizada para desinfestação de substratos utilizados para produção de mudas de qualidade, via coletor solar, que consiste basicamente em uma caixa de madeira de 1 m x 1,5 m com seis tubos metálicos, cobertura de plástico transparente e dispositivos para reter o calor. Deve-se utilizar a exposição na face norte e um ângulo de inclinação correspondente à latitude local acrescida de 10ºC. Recomenda-se o tratamento por dois dias de radiação plena, que pode atingir de 70 a 80ºC. O coletor solar pode ser utilizado em qualquer época do ano, exceto em dias chuvosos.

 

 

Preparo do solo para posterior cobertura com plástico.
Foto: C. J. Bueno
(Instituto Biológico-SP).

 

 

Diferentes graus de infestação de microorganismos patógenos do solo após tratamento com a solarização e diferentes coberturas vegetais.
Foto: M. M. Q. Ambrósio (Instituto Biológico).

  

Benefícios da solarização do solo

a) Controle de patógenos, agentes causais de importantes doenças, como murchas causadas por várias espécies de Fusarium; podridões de raízes causadas por diversas espécies de Phytophthora, Sclerotinia, Sclerotium  e Verticillium;  tombamento causado por Pythium spp e Rhizoctonia solani; galhas e lesões em raízes causadas por nematóides.

b) Controle de algumas plantas daninhas, como caruru, grama seda, capim colchão, capim arroz, ançarinha branca, carrapichão, beldroega, aveia selvagem, etc.

c) Alterações químicas no solo solarizado, com maior disponibilidade de nitrogênio, potássio e alguns micronutrientes.

d) Alterações benéficas na estrutura e permeabilidade do solo.

e) Maior crescimento das plantas em solo solarizado, devido à mudança na sua microbiologia e fertilidade.

f)  Não apresenta riscos para o operador, não libera resíduos e não contamina o ambiente.

 

Limitações da solarização do solo

a) A área tratada deve ser a maior possível, para evitar a reinfestação.

b) As temperaturas letais aos patógenos (49-54ºC) são alcançadas apenas até a 10 cm de profundidade.

c) O tempo necessário à solarização limita a utilização da área de produção.

d) Controle inconsistente de alguns patógenos, especialmente dos termotolerantes, como algumas subespécies de Fusarium oxysporum, agentes causais de murchas e Plasmodiophora brassicae, causadora da hérnia das crucíferas. Neste caso, recomenda-se a solarização com prévia incorporação de brássicas  para melhoria da eficiência. O controle de tiririca, malva e trevo branco é limitado.

e) Em alguns solos, especialmente com alto teor de matéria orgânica, poderá ocorrer liberação de amônio e manganês em quantidades tóxicas às plantas. Recomenda-se deixar de 15 a 30 dias de tempo de segurança entre a retirada do plástico e o plantio das hortaliças.

f) Relação custo/benefício desfavorável para algumas culturas, devido ao alto custo no manuseio, retirada e reciclagem do plástico. 

 

12. Rotação de culturas

Consiste em um sistema de manejo visando a melhoria da fertilidade do solo e a produtividade das culturas. O sistema de rotação onde se alternam culturas de diferentes espécies e famílias botânicas proporciona uma série de benefícios tais como: diminuição da população de nematóides e outros patógenos habitantes do solo, redução na compactação do solo, melhor cobertura vegetal, reciclagem de nutrientes, melhor ocupação de mão de obra durante o ano todo. De maneira geral não se recomenda repetir em todos os anos as rotações envolvendo as mesmas espécies, mesmo de famílias diferentes. Isso do ponto de vista fitossanitário. Por outro lado, algumas rotações mesmo incluindo espécies de diferentes famílias não devem ser realizadas. É o caso de se evitar a rotação quiabo, abóbora e batata-doce que são hospedeiras das mesmas espécies de nematóides de galhas.

De uma maneira geral considera-se que nas hortas familiares existe maior facilidade em se adotar a rotação de culturas em relação às hortas de maior tamanho (acima de 5 a 10 ha por exemplo) as quais possuem equipamentos de plantio e de colheita específicos para poucas culturas e também mão de obra mais especializada. Outro aspecto é que hortas de maior porte tem seus produtos comercializados em maior escala o que também dificulta a produção de maior número de espécies hortícolas. Porém, mesmo nas hortas implantadas em áreas grandes é possivel a adoção e implantação do sistema sustentável de rotação de culturas.

Indica-se de uma maneira geral, periodicamente incluir no esquema de rotação uma das seguintes culturas: milho (grão, pipoca ou milho verde), aveia, crotalarias e mucuna anã. De maneira específica recomenda-se as seguintes rotações:

a) Após abóbora, moranga, abobrinha de moita e pepino: cereais, hortaliças folhosas ou mandioca. Evitar o cultivo de pimentão devido à mosca branca (Bemisia spp).

b) Após alface, almeirão e chicória: repolho, berinjela, couve-flor, beterraba, tomate, ervilha, feijão-vagem e cenoura.

c) Após alcachofra: cereais, cenoura e cucurbitáceas.

d) Após alho: feijão vagem e milho.

e) Após batata-doce: milho. Evitar leguminosas (excesso de N residual).

f) Após beterraba: repolho, alface, ervilha, cenoura, berinjela e feijão-vagem.

g) Após berinjela e jiló: repolho, cenoura, abóbora e alface.

h) Após brócoli, couve de folhas, couve-flor e repolho: feijão-vagem, quiabo, berinjela, cereais e adubos verdes.

i) Após cebola: batata, cenoura, arroz e milho. Evitar leguminosas (excesso de N residual)

j) Após ervilha: batata, repolho, tomate, cenoura e feijão-vagem.

k) Após feijão-vagem: repolho, alface e cereais.

l) Após morango: alface, abobrinha, beterraba, cereais e adubos verdes.

m) Após quiabo: milho, melancia, batata e feijão-vagem.

n) Após tomate: cana de açúcar e pastagens com gramíneas.

   

As fotos a seguir ilustram diferentes exemplos práticos da rotação de culturas.

 

Horta sustentável com hortaliças de diferentes famílias botânicas (de baixo para cima: rabanete, coentro, cebolinha e alface), cultivadas no sistema de rotação.
Foto: Paulo E. Trani.
Campinas-SP, 2009.

 

 
Após a utilização da área acima com pastagem de braquiária, foi instalada a cultura da melancia que aparece em início de desenvolvimento. Observar os leirões preparados com apenas uma aração anterior à semeadura, em Echaporã (SP).
Foto: Wilibaldo Villa (1993)

 

 
Aspecto do fruto de cultivar de melancia plenamente adaptada para as condições edafoclimáticas da região de Marília-SP.  No oeste paulista a melancia é indicada como boa rotação após as pastagens de braquiária.
Foto: Paulo E. Trani (Echaporã – SP, 1993).
 
 

A foto a seguir mostra colheita manual de melancia em local anteriormente ocupado com pastagem de braquiária em degradação. A alternância de plantio pastagem de braquiária e melancia proporciona a recuperação da fertilidade do solo. Isso porque a futura pastagem aproveitará os resíduos da calagem e adubação aplicados na lavoura de melancia. Atualmente esse sistema de produção é denominado ILP- Integração Lavoura - Pecuária.

 
Colheita de melancia em Caporanga (SP), mostrando o uso socialmente justo de mão de obra, abrangido pelo conceito de Horticultura Sustentável.
Foto: Paulo E. Trani (1993).

A foto seguinte mostra uma lavoura de milho adulta com as espigas próximas ao ponto de colheita. O milho constitui-se em uma ótima opção de rotação para maioria das espécies hortícolas, devido a fatores como: boa adaptabilidade às diversas condições de solo e clima onde são cultivadas hortaliças, baixo custo de produção, facilidade de mão de obra e fácil comercialização. Existe ainda a versatibilidade da escolha de milho verde; milho doce; milho pipoca e milho grão, este último apropriado para mistura em rações animais.

 

 

O milho é uma das melhores culturas indicadas em rotação com hortaliças.

Foto: Plantas de milho IAC-8333 (Eduardo Sawazaki, Campinas)

 

13. Controle de pragas e doenças 

Qualquer sistema de controle envolvendo um ou mais métodos poderá ser considerado manejo de pragas e doenças, desde que tenha por objetivo interferir o mínimo possível no ecossistema. O uso de agrotóxicos é uma ferramenta eficaz em vários sistemas agrícolas, mas deve ser usado como último recurso. Devem ser utilizados apenas os produtos recomendados para a cultura, observando atentamente os períodos de carência e as técnicas de aplicação do produto.

a) Controle genético

Deve-se fazer o uso de cultivares resistentes ou tolerantes para evitar-se a incidência de determinadas doenças e pragas. A execução pelo produtor de um teste em sua propriedade de novas cultivares de hortaliças é recomendável devendo sempre haver o acompanhamento técnico de um engenheiro agrônomo.

b) Controle cultural

Escolha do local, época e densidade de plantio adequados; manejo adequado da calagem, adubação, irrigação e  mato; rotação e consorciação de culturas; adubação verde e preparo adequado do solo. Sempre é bom ressaltar que deve ser evitado o plantio escalonado de uma mesma espécie em diversas épocas do ano na mesma área devido a possibilidade de aumento da incidência de pragas e doenças.

Dentre os métodos alternativos de controle de doenças destaca-se o uso do leite de vaca cru para controle do oídio. Esse método tem apresentado resultados promissores nas culturas de cucurbitáceas, alface, quiabo, pimentão e outras hortaliças, quando aplicado semanalmente. A concentração utilizada pelos agricultores tem variado de 5 a 20%. O leite pode agir de mais de um modo para controle do oídio, mencionando-se as suas propriedades germicidas, indução de resistência das plantas e/ou controle direto do patógeno, estímulo ao controle biológico natural pela formação de um filme microbiano na superfície da folha ou alteração das características físicas, químicas e biológicas da superfície foliar. Outro produto que tem um uso crescente é o Nim, inseticida natural extraído das sementes (maior concentração em relação às folhas) da árvore Azadirachta indica que atua como repelente de pragas, principalmente insetos que atacam diferentes espécies de hortaliças. O Nim pode ser aplicado isoladamente ou junto com outros produtos, tais como extratos de alho; pimenta, etc. Recomendações para o controle alternativo de diversas pragas e doenças das hortaliças são apresentadas nas Tabelas 3 e 4.

c) Controle biológico

           É possível e está em franca expansão o uso de inimigos naturais para controle de pragas diversas das hortaliças entre outras culturas. Cita-se como exemplo, a criação de micro-ácaros para controle do ácaro rajado de morango e de outras espécies de plantas. Nesse sentido destacam-se os bons trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Biológico do Estado de São Paulo. Abaixo são apresentadas duas fotos mostrando inimigos naturais parasitando pragas das culturas.

 

 
 
 

Fotos mostrando a ação de inimigos naturais.
Fonte: Arquivos do Instituto Biológico (s.d.)

  

d) Recomendações para o monitoramento e controle alternativo de pragas e doenças das hortaliças

 

     A tabela 3 apresenta algumas medidas para monitoramento de pragas e doenças das hortaliças, bem como recomendações de controle fitossanitário alternativo das mesmas.

     A tabela 4 apresenta as receitas de alguns defensivos preconizados pela horticultura agroecológica e sustentável para o controle de pragas e doenças e hortaliças.

 

Tabela 3. Recomendações para monitoramento (levantamento de pragas) e controle fitossanitário alternativo.

DOENÇAS OU PRAGAS

MONITORAMENTO/CONTROLE

Ácaros

- Inseticida biológico com o fungo Beauveria bassiana (efeito  aproximadamente em 7 dias)

- Pulverizar calda sulfocálcica ou preparado com cravo-de-defunto

- Óleo de “Nim” emulsionado (ver Tabela 4).

Antracnose

- Pulverizar calda bordalesa ou calda sulfocálcica. (ver Tabela 4)

Botrytis

- Fungicida biológico com o fungo Clonostachys rosea. Atua sobre o   botrytis do morango, alface, berinjela, feijão vagem, pimentão e tomate.

Broca Pequena do Tomate

-         O monitoramento desta praga do tomate, berinjela e pimentão pode ser feito com feromônio. O produto é comercializado pela empresa Biocontrole (www.biocontrole.com.br) sob a marca Bio Neo.

-         Remoção dos frutos perfurados pelos insetos

Cochonilhas

- Inseticida biológico com o fungo Beauveria bassiana (efeito em aproximadamente 7 dias)

- Pulverizar mistura de fumo e sabão ou solução de sabão de coco neutro. (ver Tabela 4).

Fungos de Solo

(Fusarium, Sclerotinia, Rhizoctonia e Botrytis)

- Fungicida biológico com o fungo Trichoderma sp. O fungo atua inibindo o desenvolvimento dos patógenos do solo. Aplicar o fungicida sobre o substrato ou solo cerca de 5 dias antes do plantio da muda ou das sementes.

Grilo

- Colocar iscas atrativas à base de farelo de trigo (ver Tabela 4).

Lagartas

-Pulverizar preparado com cravo-de-defunto, ou mistura de fumo e sabão, ou solução de sabão de coco neutro ou óleo de “Nim” emulsionado (ver Tabela 4).

-Aplicação de Bacillus thuringiensis (efeito em aproximadamente 7 dias)

Lesmas

- Coloque à noite um prato raso com mistura de cerveja e água açucarada perto das plantas atacadas. Na manhã seguinte as lesmas estarão dentro do prato, devendo ser removida do local.

- Isca com estopa e leite: distribua no chão, ao redor das plantas, estopa ou saco de pano molhado com água e um pouco de leite. Na manhã seguinte, vire a isca e elimine as lesmas que se reuniram embaixo.

- Coloque dentro de latas rasas, como as de azeite cortadas ao meio, pedaços de chuchu. O controle mecânico é possivel no dia seguinte aplicando sal nas lesmas.

Mosca Branca

- Monitorar com placa na cor amarela (10x25cm) untada com óleo e colocada 15 cm acima das plantas (escorrer o excesso de óleo para não ficar pingando nas plantas). Colocar uma placa a cada 100 m2.

- Inseticida biológico contendo o fungo Verticillium lecanii, agindo em aproximadamente 7 dias. Pulverizar uma a duas vezes por semana.

- Inseticida biológico contendo fungo Beauveria bassiana, agindo em aproximadamente 7 dias.

Oídio

- Aplicar solução de 5% a 10% de leite crú ou leite de saquinho pasteurizado (5 a 10 litros de leite em 100 litros de água), realizando pulverizações uma a duas vezes por semana.

Paquinhas

- Colocar iscas atrativas a base de farelo de trigo. (ver Tabela 4)

Pinta Preta

- Pulverizar com calda bordalesa. (ver Tabela 4)

Pulgão

- Monitorar com placa na cor amarela (10x25cm) untada com óleo e colocada 15 cm acima das plantas (escorrer o excesso de óleo para não ficar pingando nas plantas). Uma placa a cada 100 m2. Resultado semelhante pode ser obtido numa bandeja amarela com água e 1-2 gotas de detergente misturados.

- Utilizar plantas em faixas que funcionem como barreira para o trânsito deste inseto. Por exemplo, o milho-verde e o quiabo que propiciam condições de alimentação e abrigo para insetos predadores.

- Cobrir o solo com palhas ou papel laminado (lado interno da caixinha de leite).

- Pulverizar preparado com cravo-de-defunto, ou mistura de fumo e sabão ou óleo de “Nim” emulsionado (ver Tabela 4).     

Requeima

- Pulverizar com calda bordalesa. (ver Tabela 4)

Tripes

- Pulverizar com calda bordalesa ou calda sulfocálcica. (ver Tabela 4).

- Monitorar com placa na cor azul (10x25cm) untada com óleo e colocada 15 cm acima das plantas (escorrer o excesso de óleo para não ficar pingando nas plantas). Uma placa a cada 100 m2. Resultado semelhante pode ser obtido numa bandeja azul com água e 1-2 gotas de detergente.

- Inseticida biológico com o fungo Metarhizium anisopliae. O produto atua por contato, agindo em aproximadamente 7 dias. Pulverizar uma a duas vezes por semana.

Vaquinha

- Pulverizar com calda bordalesa ou mistura de fumo e sabão. (ver Tabela 4).

- Utilizar plantas atrativas plantadas em faixa, o que permite o controle localizado em áreas restritas. Por exemplo, a taiuiá (Cerathosantes hilariana) e o caruru-de-mancha ( Amaranthus sp)

- Monitorar com placa na cor amarela (10x25cm) untada com óleo e colocada 15 cm acima das plantas (escorrer o excesso de óleo para não ficar pingando nas plantas). Uma placa a cada 100 m2.

- Óleo de “Nim” emulsionado (vide Tabela 4).

Fonte: Trani et al.. (2010), adaptado de Gelmini & Abreu Junior (sd) e Imenes et al. (2000)

 

Tabela 4. Receitas para o preparo de inseticidas e fungicidas alternativos.

PRODUTO

RECEITA

Calda Bordalesa

Ingredientes: 200 g de sulfato de cobre; 200 g de cal virgem; 20 l de água e uma faca de aço.

Preparo: para o seu preparo utilize vasilhame de plástico ou de cimento amianto ou madeira. Coloque o sulfato de cobre enrolado em pano, em forma de saquinho. Dissolva-o na véspera em 5 litros de água. Em outro vasilhame, misture cal virgem em 15 litros de água. Após, misture ambos, mexendo sempre. Para medir a acidez, pegue uma faca de aço (não inox) e mergulhe a parte da lâmina durante 3 minutos nessa mistura. Não escurecendo, a calda estará pronta. Caso contrário, adicione mais cal virgem. Quando pronta, a calda tem validade para três dias. Aplicar no início da doença. No verão, em plantas novas, deve ser usada em concentração 50% menor. Nunca pulverize a calda no período mais quente do dia e se aplicada em temperatura baixa, perde a sua eficácia.

Calda Sulfocálcica

Ingredientes: 2 kg de enxofre; 1 kg de cal virgem; 10 L de água; e 1 vasilhame de ferro ou lata de 20 L.

Preparo: ferva 10 litros de água com a cal virgem. No início da fervura coloque o enxofre e misture durante uma hora, sempre mantendo a fervura. Se necessário, acrescente água quente para manter os 10 litros de água. No final, a calda ficará grossa, com coloração marrom-clara. Deixe esfriar e coe. Use-a ou guarde-a em baldes plásticos ou garrafões bem tampados. Pulverize a calda sulfocálcica diluindo 0,5 a 1 litro para 20 litros de água com intervalos de 10 a 15 dias. A calda sulfocálcica não deve ser usada em abóboras, melão, pepino, melancia e sobre a florada de qualquer cultura e nem em dias quentes. Cuidado com os olhos e a pele. Use suco de limão e vinagre para lavar o pulverizador.

Cravo de Defunto

Ingredientes: 1 kg de folhas de cravo-de-defunto e 10 L de água.

Preparo: misture as folhas de cravo-de-defunto em 10 litros de água. Leve ao fogo e deixe ferver durante meia hora ou então de molho (picado) por dois dias. Coe e pulverize o preparado sobre as plantas.

Fumo e Sabão

Ingredientes: 1 pedaço de fumo de corda (10-15cm); 0,5 L de álcool; 0,5 L de água  e 100 g de sabão em barra.

Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a 0,5 litro de água e ao álcool. Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e álcool. A mistura pode ser aplicada com pulverizador ou regador. A nicotina é tóxica para o homem e animais de sangue quente, porém 24 horas depois de pulverizada torna-se inativa. No caso de hortaliças, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita. Os inseticidas a base de fumo não devem ser aplicados em hortaliças da família das solanáceas porque podem transmitir vírus.

Iscas atrativas à base de

Farelo de Trigo

Ingredientes: 1 kg de farelo de trigo; 100 g de melaço ou açúcar mascavo; 100 g de inseticida fosforado ou carbamato.

Preparo: misturar os ingredientes e depois fazer bolinhas de 2-3 cm para distribuí-las próximo às plantas no final da tarde.

Óleo de Nim emulsionado

Ingredientes: Extrato da semente da planta Azadirachta indica

Recomendação: aplicar solução de 0,3% a 0,5%, ou seja de 300 a 500 ml do produto para cada 100 litros de água em pulverizações quinzenais.

Solução de Sabão de Coco Neutro

Ingredientes: 50 g de sabão de coco em pó e 5 litros de água.

Preparo: coloque 50 g de sabão de coco em pó em 5 litros de água fervente. Essa solução deve ser pulverizada freqüentemente no verão e na primavera.

Fonte: Trani et al. (2010), adaptado de Gelmini & Abreu Junior (sd) e Imenes et al. (2000)

 

14. Colheita e pós colheita “sustentáveis”

Os sistemas de manejo inadequados verificados na fase que antecede a colheita podem causar problemas na qualidade comercial dos produtos, especialmente das hortaliças. Resumidamente pode-se mencionar que os problemas que se apresentam em pós-colheita tem como causa diversos motivos, entre eles:

a)      Variações climáticas durante o desenvolvimento da hortaliças: excesso de calor ou excesso de frio; excesso, falta ou variações bruscas de umidade do ar. Excesso de chuva e falta de luminosidade.

b)   Fornecimento inadequado de água e nutrientes às hortaliças.

c)   Manuseio inadequado das hortaliças durante a colheita e pós colheita.

d)   Armazenamento e transporte inadequados.

e)    Fatores genéticos em que a hortaliças não se adapta ao meio de cultivo.

 

Principais defeitos pós-colheita em pepino, pimentão e quiabo
(Levantamento realizado na CEAGESP- Entreposto Terminal de São Paulo por Anita S.D. Gutierrez e Paulo Ferrari- 2005).

         Boa parte dos problemas que aparecem na pós-colheita são devidos ao manejo pré- colheita realizado fora dos padrões da horticultura sustentável, alguns ilustrados a seguir.

Pepino Japonês
Principais defeitos: torto, barrigudo e ponta fina

 

 
Causas prováveis:época de plantio inadequada, desequilíbrio nutricional e híbrido de pepino sensível à variações térmicas.  

 

Preço no atacado por caixa

Pepino reto   Pepino torto 
     
R$ 20,00 a 25,00    R$ 8,00 a 15,00 

  

Pimentões coloridos
Principais defeitos: torto e estria

 

Estrias    Tortos
     
Prováveis causas: falhas na irrigação, desequilíbrio nutricional, variações bruscas de temperatura e uso de híbridos mais sensíveis às variações térmicas.

 

 Preço no atacado por caixa

Pimentão reto   Pimentão torto
     
 R$ 18,00 a 20,00    R$ 8,00 a 12,00

 

 

Quiabo
Principais defeitos: tortos e manchados

 

 

Provável causa das manchas: colheita de frutos com orvalho.
Provável causa da tortuosidade: incidência de pragas sugadoras durante o desenvolvimento do fruto.

 

Preço no atacado por caixa

     
     
 R$ 40,00  

R$ 20,00

 

Defeitos pós-colheita em tomate
(Levantamento realizado em supermercados de Ribeirão Preto-SP, início de dezembro de 2009, por Geraldo Fernandes Santos)

 

 
Frutos de tomate mostrando manchas esverdeadas na parte externa. Prováveis causas: cultivar (híbrido) de tomate não adaptada ao excesso de chuvas e aos dias nublados que ocorreram durante a fase de crescimento dos frutos. (*diagnóstico de Paulo T. Della Vecchia). Soluções: desenvolvimento de cultivares tolerantes à adversidades climáticas, plantio na época adequada e cultivo protegido.
Foto: Geraldo Fernandes Santos (2009).

15. Integração do Horticultor com a Assistência Técnica e a Pesquisa Agronômica para Produção Sustentável de Hortaliças

As fotos a seguir mostram exemplos de integração entre Horticultores com os Engenheiros Agrônomos da Pesquisa e da Assistência Técnica e Extensão Rural. Isso é fundamental para a obtenção de boas produtividades das lavouras e também o retorno econômico nas atividades de produção de hortaliças. Somente com o trabalho integrado dessas equipes agronômicas no campo conseguiremos tornar realidade a sustentabilidade da horticultura em nosso País.

 

 
Da esquerda para a direita, Mateus Vedovato (produtor de cebola, beterraba e cenoura), José Maria Breda Jr. (Cooxupé- Assistência Técnica) e S. Wilson Tivelli (IAC- Pesquisa) durante Dia de Campo em São José do Rio Pardo, 2007. Trabalho em equipe multidisciplinar também faz parte do conceito de horticultura sustentável.

 

 
Equipe de trabalho com pesquisa aplicada em hortaliças, na Área Experimental da Fundação Municipal de São José do Rio Pardo – SP. Exemplo de integração entre os técnicos da Prefeitura, Cooxupé- Núcleo Regional, IAC- Campinas e APTA - Pólo Regional de Mococa. 2008.

Veja aqui a parte I

Veja aqui a parte II

 

Agradecimentos

         Os autores agradecem a André Luis Trani e Pedro L. G. Abramides pelo incentivo, correções, sugestões, digitação e editoração deste trabalho técnico- científico.

Literatura Consultada

BATISTA FILHO, A.; BARROS, B. de C.; COSTA, V.A.; PATRÍCIO, F.R.A.; OLIVEIRA, S.H.F. de; OLIVEIRA, C.M.G. de; RAGA, A.; RAMIRO, Z.A. Conceito e Técnicas do Manejo Integrado de Pragas e Doenças das Culturas.  São Paulo, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, 1999. v.1, 40 p (Manual Técnico, Série Especial).

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PATRÍCIO, F.R.A.; SINIGAGLIA, C. É tempo de solarizar. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_1/solarização/index.htm>. Acesso em: 25/10/2008

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WUTKE, E.B.; TRANI, P.E.; AMBROSANO, E.J.; DRUGOWICH, M.I. Adubação Verde no Estado de São Paulo. Campinas, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI, 2009. 89 p. (Boletim Técnico 249).

ZAMBOLIN, L.; VALE, F.X.R.; COSTA, H. (Eds). Controle de doenças de plantas: hortaliças. Viçosa, UFV. 2000, p. 576-620.


Paulo Espíndola Trani possui mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1980) e doutorado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1995) . Atualmente é Pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas. Tem experiência na área de Agronomia , com ênfase em Fitotecnia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Daucus carota, Lactuca sativa, Calagem, rotação de cultura, efeito residual de calcário e alface e cenoura. Contato: petrani@iac.sp.gov.br
   
Sebastião Wilson Tivelli possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1986), mestrado em Fitotecnia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1994), mestrado em Master Of Business Administration - Butler University (2002) e doutorado em Horticultura pela Faculdade de Ciências Agronômicas (1999). Atualmente é Pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Horticultura Sustentável, atuando principalmente nos seguintes temas: hortaliças, sistemas de produção agroecológicos (olericultura orgânica e produção integrada) e hortas urbanas e periurbanas.
Contato:
tivelli@iac.sp.gov.br
   
Francisco Antonio Passos possui graduação em Engenharia Agronômica (1973), mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas (1983) e doutorado em Fitotecnia (1997), pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. É Pesquisador Científico do Centro de Horticultura, do Instituto Agronômico de Campinas. Atua  nas áreas de melhoramento genético, recursos genéticos e fitotecnia de hortaliças.
Contato:
fapassos@iac.sp.gov.br


Reprodução autorizada desde que citada a autoria e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT)

TRANI, P.E.; TIVELLI, S.W.; PASSOS, F.A. Horticultura Sustentável - Parte III. 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_3/HorticulturaSustentavel3/index.htm>. Acesso em:


Publicado no Infobibos em 29/09/2010