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Soluções tecnológicas contribuem para alavancar o algodão brasileiro

por Reginaldo Sene

A produção brasileira no cultivo do algodão teve seu auge até meados da década de 80, quando o País chegou a cultivar mais de 4 milhões de hectares. Mas o declínio veio já na década seguinte com a incidência de bicudo nas lavouras. Hoje, o Brasil figura entre os principais exportadores, com área plantada de 1,1 milhão de hectares. A forte recuperação do setor ocasionou a migração geográfica das áreas de plantio do Centro Sul para o cerrado, sendo Mato Grosso o maior produtor nacional da fibra, com 2,58 milhões de toneladas de algodão em caroço, colhidas na safra atual, e o Oeste da Bahia, que se consolida como segundo maior produtor nacional.

Lavoura irrigada

A magnitude do algodão brasileiro ocorreu graças à adoção de novas tecnologias de produção, ao profissionalismo dos produtores, investimentos em pesquisa e pela implementação da indústria de descaroçamento nas próprias fazendas; ou seja, um  conjunto de ações que culminaram com incremento de  produtividade e qualidade de pluma.

O que falta para o Brasil chegar em 1º no ranking dos exportadores de algodão? Competência, tecnologia e produto de qualidade o setor já construiu. Mas a cotonicultura brasileira não vive em brancas plumas, com previsão de redução de área plantada de 10% para a próxima safra; o principal motivo dessa queda é o aumento no custo de produção. Muitos cotonicultores já adquiriram os insumos para a próxima safra, cujo plantio iniciará em final de novembro.

Colheitadeira em ação

As alternativas para superar a atual situação é aumentar a produtividade, que já é o dobro da americana, e reduzir os custos de produção. Neste sentido, a BASF procura contribuir investindo em pesquisas e desenvolvimento de produtos. Com amplo portfólio para cultura do algodão, os destaques são os fungicidas que fazem parte da chancela AgCelence^TM e comprovadamente proporcionam acréscimo de 10% em produtividade.

Outra iniciativa da empresa, são programas de melhoria de qualidade, que passam pela análise de HVI (High Volume Instrument), um equipamento de análise da qualidade da fibra. Máquinas de HVI, foram cedidas em comodato para equipar laboratórios, contribuindo para a padronização das análises de fibra do algodão. Além disso, parcerias com importantes associações de produtores, fazem parte de um programa de estímulo a melhoria da qualidade do algodão brasileiro, foram realizadas pela BASF.

Com isso, a empresa está cada vez mais disposta a entender a cadeia de valores do algodão e, com isso, desenvolver continuamente soluções tecnológicas para clientes e parceiros. Acredito que, se cada um fizer a sua parte, os alicerces da cotonicultura nacional serão fortalecidos.

Reginaldo Sene é Gerente de Algodão e Feijão da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF. Formado pela Faculdade Luiz Meneguel de Bandeirantes (PR) e Especialista em Proteção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Atua no mercado agrícola desde 1992 e há 3 anos assumiu a gerência de cultivos da BASF para as culturas de algodão e feijão.