Levantamento Fitopatológico de Doenças da Bananeira com Ênfase à Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis,MORELET) nos Municípios Produtores de Banana da Paraíba

Edson Batista Lopes
Ivanildo Cavalcanti de Albuquerque

1. Introdução

O Brasil é o 2º produtor mundial de banana, com produção aproximada de 6,8 milhões de toneladas, numa área cultivada de 560 mil hectares (AGRIANUAL,2001).A bananicultura possui grande importância econômica e social, sendo cultivada numa extensa região tropical, geralmente por pequenos agricultores. A cultura tem grande importância social, pois além da geração de empregos (dados do Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2002, informam que o setor gera mais de 500.000 empregos diretos) e ser uma das fruteiras mais plantadas no país,é uma importante fonte de alimento, apresentando, em média, por 100g da fruta: 108,2 calorias; 1,2g de proteína; 0,2 g de gordura; 25,4 g de carboidratos; 9 mg de cálcio; 27 mg de fósforo; 0,6 mg de ferro; 50 mg de vitamina A; 11 mg de vitamina C; entre outros. Além disso, 99% da fruta produzida é consumida no mercado interno, fazendo parte do hábito alimentar da população.É indiscutível o papel da banana na complementação alimentar das populações de baixa renda e, praticamente, toda a produção brasileira destina-se ao mercado interno. O Brasil apresenta-se como um dos maiores mercados do mundo para essa fruta e o consumo per capita passou de 21,5 kg/hab/ano, no triênio 1973/75, para 24 kg/hab/ano, no triênio 1993/95.

Os maiores problemas do cultivo no Brasil são a falta de variedades comerciais produtivas, com porte adequado e resistência às principais doenças, aos nematóides e às pragas, além do manejo inadequado do sistema solo-água-planta.As doenças como o Mal-do-Panamá, a Sigatoka Amarela e o Moko, que já prejudicam o cultivo substancialmente, existe a Sigatoka Negra, recentemente introduzida no País, que vem causando danos expressivos à bananicultura nacional.Uma das estratégias para a solução dos problemas mencionados é a criação de novas variedades resistentes a doenças, nematóides e pragas, mediante o melhoramento genético que possibilita a obtenção de híbridos superiores.

No Nordeste, onde são produzidos 34% de toda a banana do País, é uma das frutas mais consumidas. Ela é estratégica, pois é um dos componentes básicos da alimentação de todas as camadas da população. Apesar dessa importância e do potencial de produção dessa fruteira, principalmente em sistemas irrigados, tem-se observado redução na maioria dos índices de produção.Assim é que as áreas de abrangência no Nordeste (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), produziu junto, em 1990, um total de 196.826 mil cachos de banana, passando para 179.048 mil cachos em 2000, apresentando queda de 9%. Quanto à área colhida, passou de 174.869 ha para 156.980 ha, representado redução ao redor de 10%. Enquanto em 1990 a Região dos Tabuleiros Costeiros gerava aproximadamente 26% da produção desses Estados, essa participação caiu para 20% em 2000.Embora no Nordeste encontrem-se boas condições de clima e solo para a produção de banana com alto padrão de qualidade, verifica-se baixa eficiência na produção e no manejo pós-colheita, principalmente nas áreas cultivadas em sistema de sequeiro. Sob regime de irrigação, principal forma de expansão dessa cultura,tem-se obtido produtividade elevada, porém ainda incompatível com os investimentos aplicados, devido a problemas relacionados ao manejo do solo, tratos culturais,pragas,doenças,tratamento pós-colheita e comercialização, entre outros.

Na Paraíba, segundos dados do IBGE(2002),a área colhida com banana foi 16.937 hectares e um rendimento médio de 16.988 kg/ha.A bananeira é cultivada em todo o Estado,abrangendo as Mesorregiões da Mata Paraibana,Agreste Paraibano,Borborema e Sertão Paraibano, com um total de 11.608 hectares,dados esses obtidos no presente trabalho..Em termos percentuais,a Mesorregião Agreste Paraibano é responsável por 89% da área plantada e onde concentram-se os principais problemas fitopatológicos da bananeira.

No tocante aos tipos de bananeiras cultivadas,97% são do tipo mesa,encabeçada pelas cultivares “pacovan” , “prata-comum”,comprida e “maçã.” Os 3% restantes são cultivares destinadas às industrias como “nanica”, “nanicão” e “grand naine.” Todas essas cultivares são suscetíveis á Sigatoka Amarela e Sigatoka Negra.Diante do exposto,caso a Sigatoka Negra venha a se estabelecer nas zonas produtoras de banana da Paraíba ,todas elas sucumbirão em pequeno espaço de tempo.Isto acontecento, uma crise sócio-conomica sem precedente irá ocorrer, já que o cultivo da bananeira gera quatro empregos diretos/hectare, durante os 12 meses do ano.

2. Breve Histórico da Sigatoka Negra

A SIGATOKA NEGRA foi observada pela primeira vez nas Ilhas Fijii,em 1963. Essa doença da bananeira, é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis, identificado por Mulder e Stover, a partir de Honduras (1972) disseminou-se para Belice (1975), Guatemala (1977), Nicarágua (1979), México (1980), Costa do Pacífico (1981), Panamá - zona do Atlântico e Pacífico (1981), Colômbia (1986), Equador (1987) e Peru (1995).. O fungo foi descrito pela primeira vez em 1963 nas Ilhas Fiji, distrito de Sigatoka, com a denominação de “estria negra da bananeira”, sendo conhecido por Mycosphaerella fijiensis var. difformis (Morelet), cuja forma perfeita é Paracercospora fijiensis. Esta doença se alastra nas folhas da bananeira, causando uma rápida decomposição foliar, reduzindo a capacidade fotossintética da planta, podendo causar-lhe a morte, antes mesmo da formação do cacho e dos frutos, e a conseqüente redução da produção da bananicultura. Ao chegar da América Central e da Colômbia em 1988, no Estado do Amazonas, a Sigatoka Negra rapidamente se espalhou pelo norte do país.

Atualmente, quase todas as regiões produtoras da Amazônia já estão contaminadas. Também há focos de Sigatoka Negra nos bananais do Centro-oeste e no Mato Grosso. O avanço rápido do problema exigiu pressa dos cientistas. Era o início de uma corrida contra o tempo no sentido de conter a disseminação e como combater a doença. Em 1999 o fungo já ocupava todo o Estado do Amazonas e ainda Rondônia e Acre. Em 2000 foi a vez de Roraima, do Amapá e de parte do Mato Grosso . Em 2001 a doença chegou aos cultivos do Pará. Só no Estado do Amazonas, em cinco anos, o fungo destruiu quase 70% dos bananais. Hoje, a doença já foi detectada também nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e, mais recentemente, em Minas Gerais. O fungo, levado pelo vento, chuva ou transporte das folhas e frutas, tem alta capacidade de disseminação. Dentre as doenças da bananeira, a Sigatoka Negra é a que atualmente vem trazendo maiores preocupações para produtores e pesquisadores.

3. Resultados por Mesorregiões e Municípios de Abrangência do Levantamento.

Durante um período de 13 dias dos meses de setembro e outubro , os técnicos Edson Batista Lopes e Ivanildo Cavalcanti de Albuquerque, percorreram 3.644 km em rodovias asfaltadas e estradas carroçáveis,abrangendo as Mesorregiões da Mata Paraibana,Agreste Paraibano,Borborema e Sertão Paraibano.Nas citadas mesorregiões, foram obtidos dados e visitados um total 65 municípios que cultivam a banana ,desde 01 a 2.100 hectares de área plantada.No levantamento fitopatológico foi dado ênfase a doença Sigatoka Negra, mas também foram levantadas a Sigatoka Amarela e o Mal-do-Panamá.

Os resultados obtidos serão apresentados por mesorregião homogênea onde nos seus respectivos municípios, alvo de estudos, foram levantados dados da área plantada,variedades cultivadas e as principais doenças fúngicas da bananeira.
 

3.1. Mesorregião da Mata Paraibana


 

Na tabela 1, são apresentados os resultados obtidos na Mesorregião da Mata Paraibana. Em nenhum momento do levantamento, foi diagnosticada a Sigatoka Negra, doença da bananeira alvo do estudo e mais temida por técnicos e produtores.A Sigatoka Amarela ocorre em todos os municípios e localidades visitadas e com uma incidência relativamente danosa, com índices que variam entre 20-45% de redução no peso e tamanho do cacho(Fotos 1 e 2).Já o Mal-do-Panamá, vem ocorrendo em alguns municípios, principalmente, em reboleiras, mas com incidência baixa entre 1-4% de plantas afetadas.

Cacho de "pacovan", de planta com baixa incidência de Sigatoka Amarela Cacho de "pacovan", de planta com média incidência de Sigatoka Amarela

 

3.2. Mesorregião Agreste Paraibano

ban_13  ban_14
ban_15 ban_16

A Mesorregião Agreste Paraibano é onde está concentrada a maior área cultivada com a banana,ocupando mais de 10.000 hectares.A cultivar “pacovan”, ocupa 95%, enquanto que os outros 5%, correspondem as cultivares “prata-comum”,comprida e um pouco de “maçã”.Os Municípios e Bananeiras e Borborema, ocupam as maiores áreas com 2100 e 1800 hectares,respectivamente(tabela 2).

ban_17
 
Vista de um bananal em Bananeiras
ban_18
 
Vista de um bananal em Borborema

É, nessa microrregião, onde as doenças fúngicas da bananeira são mais severas.As condições edafo-climaticas reinantes nos municípios, aliados á falta de um bom manejo cultural,tem levado a cultura a apresentar doenças,desordens nutricionais e fisiológicas,bem como a elevação da intensidade do ataque de pragas.

A doença mais severa diagnosticada nessa mesorregião é a Sigatoka Amarela,com incidência bastante severa com índices que atingem 60% de perdas no peso e tamanho do cacho. O Mal-do-Panamá,doença severa em banana “maçã”,vem também afetando a banana “pacovan”desde 1980.Os índices de plantas mortas são variáveis de um município a outro,mas os danos são irreversíveis,pois as plantas morrem mesmo antes de emitirem o cacho e,quando emitem,são pequenos e mal formados.O percentual de incidência varia entre 2 e 15% de plantas mortas.A Sigatoka Negra não foi detectada em nenhum município dessa mesorregião.

ban_19 ban_21 ban_22
Mal-do-Panamá e plantas atacadas de Sigatoka Amarela em diferentes níveis de danos
ban_20 ban_23 ban_24
Plantas com folhas necrosadas e cachos pequenos: efeitos da incidência da Sigatoka Amarela

 

3.3. Mesorregião da Borborema

ban_25 ban_27
ban_26 ban_28

A Mesorregião da Borborema é tradicionalmemte zona de pecuária É,uma zona de contrastes definidos onde o semi-arido se faz mais presente.Predomina a fruticultura natural,onde vegeta o umbuzeiro,o figo-da-índia,o joazeiro.Fruteira como a bananeira,só é cultivada com o concurso da irrigação nos Municípios de Cabaceiras,Sumé e Coxixola(Tabela 3).Apesar de não ser região tradicional da lavoura de banana,os problemas fitopatológicos estão presentes.A Sigatoka Amareala está presente tanto em Cabaceiras quanto em Coxixola.O Mal-do-Panamá,não foi diagnosticado em nenhum dos dois municípios,mas foi detectado em Sumé na cultivar “maçã.”
 

3.4. Mesorregião do Sertão Paraibano

ban_29 ban_30
ban_31 ban_37

A Mesorregião do Sertão Paraibano é a segunda zona produtora de banana do Estado.O cultivo nos municípios dessa mesorregião é feito sob regime de irrigação na quase sua totalidade.Cultivam-se cultivares do tipo mesa como “pacovan” e “maçã” e aquelas do grupo Cavendish como “nanica”, “nanicão” e “grand naine”,todas suscetíveis à Sigatoka Amarela e Sigatoka Negra.O Mal-do-Panamá, ocorre em São Bento e São Gonçalo em banana “maçã”,com média incidência,comprometendo a produção.Nos municípios onde a umidade relativa é mais elevada,principalmente nos Perímetros Iirrigado de Condado e São Gonçalo(Sousa) favorecida pelo sistema tradicional de irrigação(sulcos de infiltração),a intensidade de ataque da Sigatoka Amarela já compromete o rendimento do cacho em 25% do seu peso.

ban_38
Cultivar "pacovan"
ban_32 ban_33
Cultivar "maçã"
 
Cultivar "prata-comum"
ban_34
 
Cultivar "nanicão"
ban_35
 
Cultivar "nanica"
ban_36
 
Cultivar "comprida"



 

4. Conclusões

Os resultados obtidos neste estudo de levantamento permitem concluir que:
4.1. A doença da bananeira conhecida como Sigatoka Negra,não foi diagnosticada em território paraibano;
4.2. As doenças Sigatoka Amarela e Mal-do-Panamá,causam mais danos na mesorregião do Agreste Paraibano do que nas demais.
4.3. Das cultivares de mesa, a “pacovan” é a mais plantada, com 95% das áreas ocupadas.

 

5. Recomendações Técnicas de Prevenção da Sigatoka Negra

5.1. Revitalizar e aumentar o efetivo de fiscais da SAIA-Defesa Agropecuária, na vigilância fitossanitária dos postos de fronteira de Alcantil, Juripiranga, Tacima (Passa-Fica), Cajazeiras, Monteiro e João Pessoa,com o objetivo de intensificar uma rígida fiscalização nos caminhões,carretas-baús e similares que transportam frutas do Estado de São Paulo e Minas Gerais,recentemente infestados pela Sigatoka Negra.

5.3. Caberá a SAIA, solicitar ao MAPA o mais breve possível, parte dos recursos financeiros destinados ao PROGRAMA DE COMBATE A SIGATOKA NEGRA, objetivando a aquisição das cultivares resistentes para serem distribuídas juntos aos agricultores,antes mesmo do aparecimento da doença, que avança em direção ao Nordeste e, em breve, chegará à Paraíba,se as medidas de prevenção não forem postas em prática.

5.3. A EMEPA-PB, propõe conduzir a multiplicação dos materiais resistentes criados pela EMBRAPA-Mandioca e Fruticultura e pela Fundação Hondurenha de Investigação Agrícola-FHIA, existentes na Estação Experimental de Lagoa Seca.Os recursos financeiros para tal fim, serão oriundos da SAIA ou do Programa de Combate a Sigatoka Negra, já liberados pelo MAPA para todos os Estados da Federação, onde a doença foi detectada.

5.4. Cultivares Resistentes à Sigatoka Negra

5.4.1 Caipira - cujo nome original é Yangambi km 5, oriunda da África Ocidental, introduzida no Brasil pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, é uma planta rústica, com pseudocaule verde-amarelo-pálido, com manchas escuras próximas à roseta foliar. As folhas são eretas e estreitas, com margens dos pecíolos avermelhadas. O cacho é cilíndrico. A ráquis masculina é desprovida de brácteas. Os frutos, curtos e grossos, possuem sabor levemente adocicado, podendo ser consumidos in natura ou processados artesanal e industrialmente na forma de farinha e doces. Suas principais características agronômicas são adequadas para o Estado da Paraíba. Grupo genômico AAA, apresenta porte médio a alto, ciclo vegetativo de 383 dias, perfilhamento abundante, o peso dos cachos pode atingir 40 kg, cachos com mais de 10 pencas, produzindo até 360 frutos/cacho . É uma cultivar bastante conhecida internacionalmente pelas suas características de resistência aos principais problemas fitossanitários da cultura. É resistente à “Sigatoka-negra,” “Sigatoka-amarela”, “mal-do-Panamá”e à “broca-do-rizoma”e suscetível ao “moko” e ao “nematóide cavernícola”.

5.4.2 Thap Maeo - selecionada na Embrapa Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas-BA, é uma variante da ‘Mysore’. Apresenta pseudocaule menos manchado, mais vigor e cachos maiores. A capacidade produtiva da cv. Thap Maeo é de 30 t/ha a 35 t/ha, quando cultivada em solos de boa fertilidade, sob condições de sequeiro, usando as práticas culturais recomendadas para a cultura. Em solos de baixa fertilidade na Região Amazônica, tem apresentado um bom grau de rusticidade e produtividade na faixa de 25 t/ha. Apesar de rústica, recomenda-se que seu cultivo seja feito em solos profundos, bem drenados e realizadas as adubações de rotina. Grupo genômico AAB, apresenta porte alto, ciclo vegetativo de 394 dias, perfilhamento bom, o peso dos cachos pode atingir 30 a 35 kg, cachos com mais de 10 pencas com até 250 frutos/cacho . É resistente à “Sigatoka-negra”, “Sigatoka-amarela” e ao “mal-do-Panamá”, moderadamente resistente à “ broca-do-rizoma” e ao “nematóide cavernícola” e suscetível ao “moko”.

5.4.3 Prata (Pacovan) Ken -, obtida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, é um tetraplóide AAAB, resultante do cruzamento entre o diplóide M-53 (AA) com a cv. Pacovan (AAB), pertencente ao subgrupo Prata. É uma cultivar que produz frutos cujo formato e sabor assemelham-se em muito com frutos das cultivares do subgrupo Prata. Apresenta porte alto, ciclo vegetativo de 421 dias, perfilhamento bom, os cachos podem atingir 30 kg com 7 a 10 pencas . A produtividade esperada da cv. Prata (Pacovan) Ken, sob condições de sequeiro, em solos profundos, bem drenados, de média a alta fertilidade, seguindo as recomendações do sistema de produção, pode variar de 22 a 24 toneladas/ha/ano. Apresenta resistência à “Sigatoka-negra”, “Sigatoka-amarela” e ao “mal-do-Panamá” e suscetibilidade ao “moko” e ao “nematóide cavernícola”.

5.4.4 Banana Maravilha - A cultivar maravilha também é do grupo prata, resultante de cruzamento da prata anã com a SH3142, desenvolvida na Fundación Hondureña de Investigación Agricola (Phia) e foi introduzida no Brasil pela Embrapa Mandioca e Fruticultura.É resistente à Sigatoka Negra e Mal-do-Panamá. Ela foi avaliada em diferentes ecossistemas, destacando-se pela qualidade dos frutos e elevada produtividade, quando comparada com a prata anã, podendo atingir até 55 toneladas por hectare, quando cultivada sob irrigação e condições nutricionais adequadas.A maravilha pode ser plantada em espaçamentos de 3 por 2 metros ou de 3 por 3 metros e ainda em fileiras duplas de 4 metros por 2 metros e 1,5 metro entre mudas. Tem bom perfilhamento, exigindo solos profundos e o fruto, quando maduro, possui casca amarela, polpa de coloração creme e sabor doce, com pouca acidez. A cultivar é moderadamente suscetível à broca-do-rizoma e a nematóides. A Embrapa dispõe de mudas da preciosa e da maravilha, em pequenas quantidades, destinadas no primeiro momento a produtores da região Norte.

6. Literatura Consultada

AGRIANUAL. Anuário estatístico da agricultura brasileira. São Paulo: SNT, 2001. p.194-200.

CORDEIRO,Z.J.M.;MATOS,ªP.M.;ABREU,K.C.L.M.; &FERREIRA,D.M.V.F. O Mal-de-Sigatoka da Bananeira.Cruz das Almas,EMBRAPA,Circular Técnica,4 .2001.8p.

EMBRAPA.Banana Maravilha Resistente à “Sigatoka Negra” e ao Mal-do-Panamá.Cruz das Almas,EMBRAPA,Banana em Foco,2003.n.50

IBGE.Produção Agrícola Municipal;Culturas Temporárias e Permanentes.Brasil,2002.v 29.

LOPES,E.B.;ALBUQUERQUE,I.C.;&VASCONCELOS,E.C. Mal-do-Panamá:Doença da Bananeira Diagnosticada na Cv. “Maçã” no Município de Sumé, Carirí Ocidental.Relatório Técnico-Fitossanitário,EMEPA-PB,Agosto,2004.5p

MATOS,A.P.;CORDEIRO,Z.J.C.;&FERREIRA,D.M.V. O Mal-do-Panamá ou Murcha de Fusarium da Bananeira e seu Controle.Cruz das Almas,EMBRAPA,Circular Técnica,3 .2001.4p.

7. Agradecimentos

Os autores agradecem a todos os Extensionistas da EMATER-PB,Técnicos do DNOCS e EMEPA-PB, Presidentes de Cooperativas e aos agricultores, que colaboraram com as informações pertinentes aos dados da situação da bananicultura em cada município do território paraibano, citados no presente relatório.

8. Mapas das regiões

1. Mesorregião da Mata Paraibana


2. Mesorregião Agreste Paraibano


3. Mesorregião da Borborema


4. Mesorregião do Sertão Paraibano

 

Origem: Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba  - EMEPA - www.emepa.org.br


Edson Batista Lopes
Engº Agrônomo, Pesquisador da EMBRAPA/EMEPA-PB.Fitopatologista, M.S. Consultor da Defesa Agropecuária da Paraíba – SAIA. EMEPA/PB -Estação Experimental de Lagoa Seca – Estrada da Imbaúba, Km3, Zona Agrícola. 58.117-000. Fone: 0xx83 3661298/99719758.
 

Ivanildo Cavalcanti de Albuquerque
EngºAgrônomo, EMEPA-PB.Especialista em Fruticultura Tropical.EMEPA/PB-Estação Experimental de Lagoa Seca-Estrada da Imbaúba,Km3,Zona Agrícola.58117-000.Fone:0xx83 3661298.



Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte


Dados para citação bibliográfica(ABNT):

LOPES, E.B.; ALBUQUERQUE, I.C. de; VASCONCELOS, E.C. de Levantamento fitopatológico de doenças da bananeira com ênfase à sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis Morelet) nos municípios produtores de banana da Paraíba. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_2/Sigatoka/index.htm>. Acesso em:

Publicado no Infobibos em 09/06/2008

Veja Também...