MANEJO SANITÁRIO DE OVINOSCecília José Veríssimo Eduardo Antonio da Cunha Luiz Eduardo dos Santos Mauro Sartori Bueno 1- MEDIDAS GERAIS - Manutenção de um bom nível nutricional. - Revisão constante dos animais, separando os doentes para tratamento. - Fornecer mistura mineral à vontade (2 partes de sal comum x 1 mineral, formulado para ovinos). - Limpeza e desinfecção de instalações, equipamentos e instrumentos usados nos animais. - Quarentena rigorosa para animais a serem introduzidos no rebanho.
- Vacina polivalente contra clostridioses que incluam a Enterotoxemia (Clostridium perfringens) e o Tétano (Clostridium tetani). - Ovelhas: 30/40 dias antes do parto. Cordeiros: 60 dias de idade (após a desmama) e dose de reforço 20/30 dias depois da 1a dose). Obs: Cordeiros filhos de mães não vacinadas podem ser vacinados já aos 15 dias de vida. - Revacinação anual em todo rebanho (dose única). - Vacina contra Raiva: todo o rebanho, a partir dos 4 meses de idade, uma vez ao ano. Revacinar 30 dias após a primeira dose, os animais que nunca foram vacinados. Em locais onde a doença é endêmica a vacinação é obrigatória, conforme recomendação da Secretaria da Agricultura do Estado. - Vacina contra Febre aftosa: conforme recomendação da Coordenadoria de Defesa Animal - Secretaria da Agricultura do Estado.
- Rebaixamento da forragem nos pastos visando à máxima exposição à radiação solar e à maior ventilação, como forma de diminuir a população de larvas de helmintos, aliado à rotação de pastagem. - Fazer três vermifugações estratégicas: terço final da gestação (não pode usar os produtos à base de closantel e organofosforado), logo após o parto, e no desmame (mãe e filho, se este for criado com a mãe no pasto). - Realizar exames de fezes periódicos (tipo OPG) em 5 a 10% dos animais. - Usar vermífugos somente conforme a necessidade, em função do resultado dos exames de fezes, em conjunto com a ocorrência de sintomas. Sempre de acordo com orientação técnica. - Avaliar a eficácia do vermífugo utilizado na propriedade pelo exame de fezes (teste de redução de ovos nas fezes) pelo menos uma vez a cada ano, mudando o principio ativo em função da queda de eficiência. - Não misturar animais adultos e jovens no mesmo pasto. - Manter cordeiros recém-desmamados em confinamento até 5-6 meses, ou reservar pastos descansados ou recém-formados para essa categoria. - Evitar pastos em baixadas e terrenos alagadiços. - Quando possível, utilizar o pastejo consorciado com bovinos ou eqüinos. - Rotação pasto x cultura. - Procurar descartar animais que apresentem, com freqüência, sintomatologia de verminose (anemia, papeira, e caquexia).
- Casqueamento (apara) e revisão periódica dos cascos dos animais. - Pedilúvio preventivo: manejo de rotina em todo o rebanho 1 a 2 vezes no ano, preferencialmente no início da época de chuvas. Procurar colocar os animais em um pasto que tenha ficado em descanso por pelo menos 15 dias, logo após a passagem pelo pedilúvio. - Pedilúvio curativo: sempre que aparecer animais doentes, isolá-los, e, nos casos graves, fazer tratamento com antibiótico a base de Florfenicol. Preparo da Solução de Pedilúvio: - Sulfato de Zinco (10%) - 10 kg de produto em 100 litros de água - Sulfato de Cobre (10%) - 10 kg de produto em 100 litros de água - Formol (2,5%) - 6 litros de formol (40%) em 100 litros de água 5– CONTROLE DA QUERATO CONJUNTIVITE - Tratamento com antibiótico a base de terramicina (Terracortril spray) no olho afetado. Caso a olho já se encontre opaco, aplicar Terramicina de longa duração intra muscular, em dosagem de acordo com a bula, podendo ser reaplicada, se necessário, na semana seguinte, ou de acordo com o veterinário.
Cecília José Veríssimo,
Pesquisadora
Científica do
Instituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP), da Agência de Pesquisa
Tecnológica dos Agronegócios - APTA, Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo - SAA,
Graduação em Medicina
Veterinária. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ,
Brasil.Especialização em Curso
de Especialização em Zootecnia (Ruminantes).
Eduardo Antonio da Cunha;
Pesquisador
Científico do
Instituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP), da Agência de Pesquisa
Tecnológica dos Agronegócios - APTA, Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo - SAA,
Graduação em Zootecnia.
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP,
Brasil.
Luiz Eduardo dos Santos;
Pesquisador
Científico do
Instituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP), da Agência de Pesquisa
Tecnológica dos Agronegócios - APTA, Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo - SAA,
Graduação em Engenharia
Agronômica. Universidade de São Paulo, USP, Brasil; Mestrado em Nutrição
Animal -
Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Mauro Sartori Bueno,
Pesquisador
Científico do
Instituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP), da Agência de Pesquisa
Tecnológica dos Agronegócios - APTA, Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo - SAA,
Graduação em Zootecnia. Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Brasil; Mestrado em Zootecnia.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. ; Doutorado em Ciências
(Energia Nuclear na Agricultura)-[Cena]. Universidade de São Paulo,
USP, Brasil. Pós-Doutorado,
Escola Superior Agrária de Bragança Instituto Politécnico de
Bragança, ESAB-IPB, Portugal.
Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT):
VERÍSSIMO, C. J.; CUNHA, E. A.; SANTOS, L. E. dos;
BUENO, M. S.. Manejo
sanitário de ovinos.
2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2006_3/ManejoSanitario/index.htm>.
Acesso em:
Publicado no Infobibos em 18/10/2006 |