Efeito de diferentes níveis de incidência de Bipolaris oryzae em sementes de arroz sobre aspectos fisiológicos, transmissão do patógeno às plântulas e produção* |
(Effect of different
incidence levels of Bipolaris oryzae in rice
seeds on physiological aspects, seed-seedling transmission and
production) |
Vanda M.A.
Malavolta, |
INTRODUÇÃO |
Sementes de arroz constituem importante fonte de inóculo primário para diversos patógenos, os quais podem introduzir em uma região novas raças fisiológicas e/ou novos isolados com diferente especialização patogênica (16). Alguns fungos apresentam elevada incidência nas sementes, podendo causar decréscimo na germinação das mesmas, morte e enfraquecimento das plântulas ( 9, 10, 12, 17). Dentre eles, merece destaque Bipolaris oryzae (Breda de Haan) Schoemaker (sin. Helminthosporium oryzae Breda de Haan, Drechslera oryzae (Breda de Haan) Subramanian & Jain), agente causal da mancha parda do arroz. Este patógeno é responsável por morte de plântulas e redução na produtividade quando incide nas folhas e panículas ( 1, 15). A infecção primária via semente é muito comum, embora nem sempre sementes infectadas ou contaminadas resultem em plântulas com sintomas (10). Esse fungo pode localizar-se internamente nas sementes e causar descoloração e enrugamento do grão descascado, sendo freqüentemente encontrado em áreas de produção de arroz, tanto irrigado como de terras altas (13). A presença desse patógeno foi constatada em 76% de um total de 686 amostras de sementes de arroz coletadas em diversos países, com níveis de incidência atingindo 90% (3). Em levantamento realizado nas sementes de 42 cultivares de arroz produzidas em 4 municípios da região Centro-Oeste brasileira, foi relatada freqüência média de 94% de B. oryzae, sendo 38% a incidência média nas sementes (19). Vários trabalhos relataram os danos causados por esse patógeno. Reduções de até 30% no peso e 22% no número de grãos cheios por panícula foram observadas em condições de campo, dependendo da cultivar considerada (14). Diminuição da produção, em peso e em número de grãos, também foi observado na cv. IAC 101 devido a infecção nas panículas, causada por B. oryzae (6). Considerando a descoloração e conseqüente perda de peso de semente apresentada por 36 progênies de arroz irrigado, B. oryzae se apresentou como um dos fungos mais nocivos (18). A transmissão desse patógeno foi relatada em alguns trabalhos. Segundo experimentos em tubos de ensaio contendo areia esterilizada com sementes artificialmente infectadas, a porcentagem de transmissão variou de 72 a 90 % para seis cultivares de arroz de sequeiro (15). Na cultivar IAC 899, não foi observado o efeito de graus de intensidade de mancha nas sementes sobre a porcentagem de transmissão, que foi variável de 33,6 a 42,8. A influência do substrato na transmissão de B. oryzae foi observada, sendo de 14 e 47% em solo não esterilizado e vermiculita esterilizada, respectivamente (15). O presente trabalho teve como objetivos avaliar a influência de diferentes níveis de incidência de B. oryzae nas sementes de arroz sobre a qualidade fisiológica das mesmas, sobre a transmissão semente - plântula do patógeno e sobre parâmetros de produção. |
MATERIAL E MÉTODOS
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Os experimentos de laboratório foram realizados no Laboratório de Sementes da CATI, e aqueles em casa de vegetação no Instituto Biológico, ambos em Campinas, SP. Os experimentos de campo foram instalados em propriedade particular localizada em Quiririm, distrito de Taubaté, SP. Todos os experimentos foram realizados no ano agrícola 2001/02, e no ano anterior foram obtidas as sementes utilizadas nos experimentos.
Na fase de emissão de panículas, entre o início da emissão e o florescimento, as plantas foram inoculadas por pulverização através da utilização de um atomizador “HAIRBRUSH” (PAASCHE AIRBRUSH CO., Chicago, Illinois), com pressão de 1,0 kgf /cm2. Cada vaso recebeu 12,5 mL de suspensão de conídios de um isolado de B. oryzae altamente patogênico, cedido pela EMBRAPA/CNPAF, com concentração de inóculo de 5x104 conídios/mL. Após a inoculação, as plantas ficaram em câmara úmida por 48 horas. Após esse período, foram mantidas em casa de vegetação coberta com tela plástica reguladora da luminosidade (sombrite), de forma a reduzir a insolação e evitar temperaturas excessivamente altas. A umidade relativa favorável ao desenvolvimento da infecção foi mantida pela pulverização contínua de água através de bicos pulverizadores, tendo-se o cuidado de não promover o molhamento direto das plantas. A colheita foi feita no final do ciclo fisiológico das plantas, aproximadamente 35 dias após as inoculações, e amostras das sementes colhidas foram analisadas pelo método do papel de filtro com congelamento. A seguir, as sementes colhidas foram misturadas com sementes básicas da mesma cultivar, produzidas pelo Instituto Agronômico, as quais também foram previamente submetidas à análise de sanidade. As proporções de sementes inoculadas e sementes básicas utilizadas nas misturas foram de 1:24; 1:9; 1:3,5; 1:1,3 e 3,5:1 para obtenção dos diferentes níveis de incidência de B. oryzae. As amostras resultantes dessas misturas foram analisadas para determinação do nível de incidência obtido.
Em rolo de papel toalha foi avaliada a germinação das sementes aos 10 dias, segundo a metodologia constante das Regras para Análise de Sementes - RAS (8). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições de 100 sementes.
Foi utilizada terra esterilizada, autoclavada por 2 horas a 120oC. A terra foi colocada em caixas plásticas de 42 x 8 x 12 cm e cada caixa foi semeada com 100 sementes. O delineamento estatístico foi em blocos casualizados com 5 tratamentos e 4 repetições, sendo cada parcela constituída por uma caixa. A emergência das sementes foi verificada pela contagem do número de plântulas aos 9 dias pós-semeadura (p.s.). A altura das plantas foi avaliada aos 15 dias p.s., medindo-se 20 plantas escolhidas ao acaso em cada parcela. Essa medida foi feita do nível do solo até a ponta da folha superior. Nesse mesmo dia foi também observado o número de plantas mortas após a emergência e o número de plantas infectadas, com problemas de desenvolvimento. Essas plantas foram colhidas, lavadas cuidadosamente em água corrente, e levadas ao laboratório onde foram submetidas a condições de “câmara úmida” por 7 dias para favorecer a esporulação do patógeno e possibilitar sua identificação. Após esse período, as plantas foram examinadas ao microscópio estereoscópico e identificados os patógenos responsáveis pela morte ou por lesões no coleoptilo, na folha primária e na raiz das plantas infectadas. Foi então determinada a transmissão (%) de B. oryzae, através da seguinte fórmula, anteriormente utilizada por GOULART (4):
O plantio foi efetuado em 03/12/01, com espaçamento de 40 cm entre linhas e densidade de plantio de 100 sementes/m linear. O delineamento estatístico foi de blocos casualizados com 4 repetições, e cada parcela foi constituída por 7 linhas com 4 metros de comprimento. A emergência foi avaliada aos 24 dias após a semeadura, contando-se o número de plantas nas três linhas centrais, e calculado-se o número médio de plantas/linha. Ao final do ciclo da cultura, realizou-se a colheita de 100 panículas por parcela, que foram avaliadas quanto a seu peso e também quanto à incidência de brusone no nó basal da panícula. Finalmente, procedeu-se à colheita da área total das parcelas avaliando-se a produção por parcela. Os dados obtidos nos diversos experimentos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para avaliar o grau de relação entre os parâmetros avaliados, coeficientes de correlação simples foram calculados entre os dados obtidos nos ensaios de laboratório, casa de vegetação e campo. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO |
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As sementes procedentes das plantas inoculadas apresentaram 71% de incidência de Bipolaris oryzae. Como tratou-se de inoculação artificial, em condições de casa de vegetação, somente ocorreu esse patógeno nas sementes. As sementes básicas utilizadas apresentaram os seguintes fungos: Alternaria padwickii (53,0% de incidência), Phoma sp. (10,5%), Microdochium oryzae (9,0%), Cladosporium sp. (9,0%), Drechslera sp. (4,5%), Bipolaris oryzae (1,0%), Alternaria tenuis (0,5%), Curvularia sp. (0,5%), Pyricularia grisea (0,1%), e outros fungos, incluindo os gêneros Epicoccum, Nigrospora, Fusarium e Penicillium ( 15,5%).
Da mistura de sementes provenientes das plantas inoculadas com
Bipolaris oryzae
e as sementes básicas da mesma cultivar produzidas pelo IAC,
foram obtidas amostras com cinco níveis de incidência do
patógeno, variáveis de 4,0 a 64,5% (Quadro 1). Pyricularia
grisea, o principal patógeno da cultura do arroz, ocorreu
somente em baixíssima incidência em um tratamento. Outros fungos
como Phoma sp., Drechslera sp., Microdochium
oryzae, Curvularia sp., Fusarium sp.,
Epicoccum sp., Nigrospora sp e Penicillium sp
também apresentaram baixas incidências, poucas vezes atingindo
5%. O único fungo que ocorreu em elevadas porcentagens foi
Alternaria padwickii, variando de 13,6 a 49,4% de
incidência. Esse fungo é constatado com freqüência e em altas
incidências em sementes de arroz, conforme análises rotineiras
realizadas pelo Laboratório Central de Sementes e Mudas da CATI/SAA
(comunicação verbal), e de maneira geral é considerado um fungo
que não causa problemas à sanidade e germinação em sementes de
arroz. Pelas análises
estatísticas percebe-se que esses fungos, ou não apresentaram
diferenças entre os tratamentos, ou então apresentaram menores
níveis de incidência nos tratamentos com alta incidência de
B. oryzae, justamente onde foi menor o uso de sementes
básicas na mistura.
No teste de germinação
(Quadro 2), observou-se a maior porcentagem de plântulas
normais no menor nível de infecção por B. oryzae e
vice-versa. A porcentagem de plântulas normais apresentou
correlação altamente significativa (r = -0,89**) com o nível de
incidência de B. oryzae nas sementes (Quadro 5),
evidenciando o efeito nocivo desse patógeno na germinação e no
desenvolvimento de plântulas. No Quadro 2 também observou-se que
os dados de emergência em terra autoclavada e a altura das
plântulas, avaliados respectivamente aos 9 e 15 dias
pós-semeadura, não mostraram diferenças entre os tratamentos.
Entretanto aos 17 dias, foram observadas diferenças entre os
tratamentos com relação ao número de plântulas mortas ou
infectadas, com maiores valores nos níveis de maior incidência
de B. oryzae, evidenciando que o patógeno provocou
tombamento de pós-emergência, concordando com resultados obtidos
anteriormente por AMARAL et al. (2). Essa relação entre
incidência de B.oryzae nas sementes e plântulas mortas
e/ou infectadas fica mais uma vez evidente na correlação
altamente significativa (Quadro 5) obtida entre esses dois
parâmetros (r = 0,66**).
A recuperação do patógeno B. oryzae a partir das plântulas com mau desenvolvimento foi variável de 1,0 a 7,2% do total das plântulas, ocorrendo menor e maior recuperação do patógeno no menor e maior nível de incidência, respectivamente (Quadro 3). Observou-se também nesse caso, conforme Quadro 5, uma correlação altamente significativa (r = 0,64**) entre essas duas variáveis.
A transmissão semente-plântula de B. oryzae (Quadro 3) não apresentou variação significativa conforme o nível de incidência do patógeno nas sementes. Os valores obtidos, variáveis de 9,4 a 26,1%, não diferiram estatisticamente entre si. Esse resultado, aliado aos obtidos na análise de correlação, mostra que a eficiência de transmissão do patógeno (média de 18,6%) não apresentou relação com a porcentagem de incidência nas sementes. Resultados semelhantes foram obtidos em trabalho sobre tratamento de semente de arroz cv. IAC165 com fungicidas (11), no qual ficou evidente que, não sendo o patógeno B. oryzae erradicado pelo fungicida, sua transmissão foi sempre de 25%, independente da semente ter sido tratada com fungicida ou não, isto é, independente do nível de infecção nas sementes. Transmissão de B. oryzae de 25,5 e 35,8% para as cultivares IAC 899 e CICA 8, respectivamente, foi anteriormente relatada (15), evidenciando que há diferenças entre as cultivares quanto à transmissão do patógeno. Nos resultados do ensaio em condições de campo notou-se o efeito do nível de incidência de B.oryzae sobre a emergência das plântulas (Quadro 4). Diferenças entre os tratamentos foram observadas, tendo o tratamento com incidência de 4,0% apresentado o maior número de plântulas emergidas, e os tratamentos com as maiores incidências de 48,0 e 64,5% apresentado os menores valores de emergência. Esse efeito pode ser também observado no coeficiente de correlação simples altamente significativo (r= -0,67**) obtido entre incidência de B. oryzae nas sementes e emergência em campo (Quadro 5).
A avaliação quanto à incidência de brusone no nó basal da panícula, que foi realizada devido à ocorrência da doença no campo experimental, mostrou de 4,7 a 7,2% de panículas infectadas, sem diferenças estatísticas entre os tratamentos, evidenciando que a brusone ocorreu uniformemente no campo, não interferindo no experimento. Os dados relativos ao peso de 100 panículas e produção por parcela não apresentaram diferenças estatísticas entre os tratamentos (Quadro 4). Um dos motivos talvez seja a não expressão da mancha parda, causada pelo patógeno em estudo, na parte aérea das plantas. É possível que as condições climáticas ocorridas no período não tenham sido favoráveis à transmissão do patógeno para a parte aérea das plantas, ou para a evolução da doença. Ë possível também que as plântulas que emergiram infectadas tenham morrido precocemente, devido a tombamento de pós-emergência, permanecendo submersas no momento da inundação do campo. É importante salientar que, em gramíneas, particularmente o arroz, nem sempre a melhoria da qualidade sanitária de sementes promove melhor produtividade ( 7, 11, 20). Uma explicação freqüente é que cultivos que apresentam menor germinação compensam essa perda até certo ponto, através de maior perfilhamento das plantas, que ficam com maior disponibilidade de nutrientes, água e luz. Entretanto, deve-se lembrar que um dos principais benefícios do uso de sementes com boa qualidade sanitária é a não introdução de patógenos em uma determinada área, mesmo que o patógeno seja de ocorrência comum, como B. oryzae. Sem esse cuidado, poderá haver aumento progressivo da fonte de inóculo, principalmente no caso de fungo necrotrófico como B. oryzae, que sobrevive em restos culturais, podendo acarretar em cultivos posteriores, sob condições favoráveis ao patógeno, o desenvolvimento de epidemias. Pode-se concluir que o nível de incidência de B.oryzae nas sementes teve efeito sobre diversos parâmetros avaliados em condições de laboratório, casa de vegetação e campo., Coeficientes de correlação simples significativos (Quadro 5) foram obtidos entre o nível de incidência pelo patógeno nas sementes e as variáveis germinação em rolo de papel toalha (r = -0,89**), emergência em solo esterilizado (r = -0,53*), número de plântulas mortas e/ou infectadas (r = 0,66**), porcentagem de recuperação do patógeno (r = 0,64**), emergência em campo (r= -0,67**) e peso de 100 panículas (r = -0,45*). |
AGRADECIMENTOS |
Os autores expressam seus agradecimentos ao Dr. Cândido Ricardo Bastos, pesquisador científico do Instituto Agronômico, pelo fornecimento de sementes básicas da cultivar IAC 103. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
1. AMARAL, H.M. Testes de sanidade de sementes de arroz. In: SOAVE, J.; WETZEL, M.M.V. da S. Patologia de sementes. Campinas: Fundação Cargill, 1987. p.358-370.
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RESUMO |
B. oryzae é um patógeno freqüentemente encontrado nas sementes em áreas de produção de arroz, responsável por redução da produção, em peso e em número de grãos, morte e má formação de plântulas. Lotes de sementes 'IAC 103' com diferentes níveis de incidência pelo patógeno foram obtidos através de inoculações artificiais e avaliados quanto a seus efeitos na qualidade fisiológica das sementes, na transmissão semente - plântula do patógeno e nos parâmetros de produção. Nos testes de sanidade de sementes foram constatados 5 níveis de incidência de B. oryzae: 4,0; 6,5; 21,0, 48,0 e 64,5%. Observou-se no teste de germinação em papel toalha, maior porcentagem de plântulas normais no menor nível de incidência de B. oryzae, e vice-versa. Em condições de casa de vegetação, em terra autoclavada, os tratamentos não diferiram entre si quanto à emergência e altura de plantas. O número de plantas mortas ou infectadas aos 17 dias pós semeadura mostrou maiores valores nos níveis de maior incidência de B. oryzae, evidenciando que o patógeno provocou tombamento de pós emergência. A recuperação de B. oryzae foi variável de 1,0 a 7,2% do total das plantas, ocorrendo menor e maior recuperação do patógeno no menor e maior nível de incidência, respectivamente. A transmissão semente-plântula de B. oryzae foi variável de 9,4 a 26,1% (média de 18,6%), não apresentando diferenças significativas conforme o nível de incidência do patógeno nas sementes. Em condições de campo houve diferenças entre os tratamentos quanto à emergência, tendo o tratamento com incidência de 4,0% apresentado o maior número de plântulas emergidas, e os tratamentos com as incidências maiores de 48,0 e 64,5% apresentado os menores valores de emergência. A produção não mostrou diferenças significativas entre os tratamentos. Coeficientes de correlações simples significativos foram encontrados entre o nível de incidência de B. oryzae nas sementes e as variáveis germinação em rolo de papel toalha (r = -0,89**), emergência em solo esterilizado (r = -0,53*), número de plantas mortas e/ou infectadas (r = 0,66**), porcentagem de recuperação do patógeno (r = 0,64**), emergência em campo (r = -0,67**) e peso de 100 panículas (r = -0,45*).
Palavras-chaves adicionais: mancha parda, Oryza sativa. |
ABSTRACT |
Bipolaris oryzae is a common rice seed pathogen, causing yield reduction and seedling blight or weakening of the seedlings. 'IAC 103' rice seeds with different incidence levels of B. oryzae (4.0; 6.5; 21.0; 48.0 and 64.5%) were obtained by artificial inoculations and evaluated on the following aspects: physiological quality, seed-seedling transmission and production parameters. Seed germination was reached the highest level at the lowest incidence. Concerning emergence and seedling height, in sterilized soil, all treatments were similar. The number of dead or infected seedlings, at 17 days post sowing, were highest at the highest incidence levels of the pathogen, revealing damping off as result of infection. The pathogen recovery from seedlings, variable from 1.0 to 7.2%, was directly related to its incidence level on the seeds. No significant differences in the seed-seedling transmission (average 18.6%) were observed among the distinct seed incidence levels. In field conditions, the rate of seedling emergence was inversely related to B. oryzae seed incidence. No significant differences in the yield were observed among the treatments. Significant correlation coefficients were observed between seed incidence of B. oryzae versus: seed germination (r = -0.89**), sterilized soil emergence (r = -0.53*), dead or infected seedlings (r = 0.66**), pathogen recovery (r = 0.64**), field emergence (r = -0.67**) and one hundred panicles weight (r = -0.45*).
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* Trabalho originalmente
publicado na Summa Phytopathologica, Jaboticabal, SP, v. 28, n.
4, p. 337-341, 2002.
Vanda Maria
Angeli Malavolta possui doutorado em agronomia
pela Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (1999). Atualmente é Pesquisador Científico
VI do Instituto Agronômico - IAC. Tem experiência na
área de Agronomia , com ênfase em Fitossanidade.
Atuando principalmente nos seguintes temas: arroz,
brusone, controle químico, resistência, bacteriose,
Pithomyces chartarum, resistência varietal,
Bipolaris oryzae, mancha-de-grão e sementes João José Dias
Parisi possui graduação em Agronomia pelo Centro
Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal
(1993) e mestrado em Microbiologia Agrícola pela
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz
(1997). Atualmente é funcionário do Instituto de
Botânica. Tem experiência na área de Agronomia , com
ênfase em Fitossanidade. Atuando principalmente nos
seguintes temas: Soja, tratamento de sementes,
Phomopsis, Fungicidas, Papel de filtro e
sanidade de sementes. Helio Minoru
Takada
possui mestrado em agronomia (proteção de plantas)
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho - Botucatu (2002). Atualmente é
Pesquisador Científico da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios. Atua na área de
agronomia, com ênfase em Entomologia Agrícola.
Atuando principalmente nos
seguintes temas:
controle microbiano, bicheira, arroz irrigado,
gorgulho aquático, pragas, caqui, oryzophagus
oryzae, rice water weevil, water weevil e
controle químico. Marise Cagnin
Martins Parisi possui
graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1990),
mestrado em Agronomia (Fitopatologia) pela
Universidade de São Paulo (1994) e doutorado em
Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São
Paulo (1999). Atualmente é Pesquisador científico do
Instituto Biológico. Tem experiência na área de
Agronomia , com ênfase em Fitossanidade. Atuando
principalmente nos seguintes temas: Controle de
doenças de plantas, Epidemiologia de doenças de
plantas. |
Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT): MALAVOLTA, V.M.A; PARISI, J.J.D.; TAKADA, H.M.; PARISI, M.C.M. Efeito de diferentes níveis de incidência de Bipolaris oryzae em sementes de arroz sobre aspectos fisiológicos, transmissão do patógeno às plântulas e produção. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: < http://www.infobibos.com/Artigos/2006_3/bipolaris/Index.htm>. Acesso em:Publicado no InfoBibos em 06/10/2006 |